[Cultural] Culinária Brasileira – Pastel

* Foto retirada deste site.

Cultural

Olá Sonhadores! 😸 Como estão?

Na postagem de hoje, tratarei sobre um prato bastante popular em nosso país, o pastel. Que, aliás, faz parte da culinária brasileira.

Sua origem é incerta, tendo uma vertente que especula que esta delícia tem origem europeia, já que em Portugal, há registros de que a massa do pastel já era consumida há séculos. Porém, a teoria mais aceita, é a de que a origem seja asiática.

Acredita-se que o pastel foi criado com base em dois pratos de origem chinesa: o “Jiǎozi” (饺子) e o “Chūn Juǎn” (春卷), que são mais conhecidos por aqui, em suas versões nipônicas, o “Guiosa” (Gyoza/餃子) e o “Rolinho de Primavera” (Harumaki/春巻き), respectivamente. Futuramente, pretendo escrever postagens sobre estas duas culinárias também. Se prestarmos atenção, há similaridades do pastel com o guioza (formato em meia lua, recheado) e com o rolinho de primavera (massa crocante e, também, recheado).

Guioza.
Guioza. Foto retirada deste site.

Pastel em formato meia-lua.
Pastel em formato meia-lua. Foto retirada deste site.

Rolinho de Primavera.
Rolinho de Primavera. Foto retirada deste site.

Pastel retangular.
Pastel retangular. Foto retirada deste site.

Voltando ao pastel, foi criado no Brasil por imigrantes japoneses na década de 40, que adaptaram as receitas conforme os ingredientes locais e o paladar brasilense. Inicialmente, eram feitos com massa de farinha de trigo e recheados com carne de porco, queijo, camarão e outros ingredientes.

Conta-se que, durante a Segunda Guerra Mundial, para evitar a discriminação e perseguição, causada pelo fato do Japão ter se aliado aos inimigos (Eixo), os imigrantes japoneses passaram a fazer pratos chineses, para disfarçar sua origem. Assim, ao adaptá-los, nasceu o pastel como conhecemos hoje.

O prato começou a se popularizar ainda na década de 40, em Santos, espalhando rapidamente por todo o Estado. Na década de 50, chegou no Rio de Janeiro e Minas Gerais. E, somente na década de 60 é que chegou no Sul, mais especificamente em Maringá, Paraná.

Com o tempo, os recheios passaram a variar cada vez mais, por exemplo: carne moída, carne seca, queijo, ovo. palmito, presunto, calabresa, bauru, bacalhau pizza, estrogonofe, chocolate, banana, Romeo e Julieta, etc. Tornando-se um alimento muito popular, especialmente nas feiras livres e nos bares e lanchonetes das cidades.

Curiosamente, décadas depois, os imigrantes brasileiros que foram para o Japão levaram o nosso pastel para lá, onde é chamado de “Pasuteru” (パステル), ou “Pasuteu” (パステウ).

A história do pastel é bastante interessante, pois, mostra como um determinado prato, pode evoluir e se adaptar conforme a cultura local, podendo ser influenciado por eventos históricos.

(Fontes: Bella Venezia | Wikipedia (Ja) | Wikipédia (Pt))

Por hoje é só! Agora, fiquei com saudades do pastel da minha avó, nunca comi igual!! 😸

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[Cultural] Culinária Japonesa – Sushi

* Foto retirada deste site.

Cultural

Olá Sonhadores! 😸 Como estão?

Na postagem de hoje discorrerei sobre o prato mais popular da culinária nipônica, o Sushi (寿司).

Originalmente, a culinária japonesa consistia em peixes, arroz, algas, verduras e vegetais, sendo pratos leves de baixa quantidade gordura, portanto, mais saudáveis.

O sushi é oriundo de uma prática de conservação do peixe, que não foi criada no Japão, mas sim nos países do sudeste asiático, chegando na China em meados de 200 a.C.. A técnica consistia em salgar e enrolar o peixe com arroz cozido e este, ao fermentar, liberava ácido acético e láctico, garantindo a conservação da carne e dando um sabor especial. Está aí a ideia do Sushi.

Esta prática chegou ao Japão por volta de 700 d.C., onde os pescadores passaram a prensar o arroz e o peixe cru com pedras. Após a fermentação, o arroz era descartado e o peixe consumido, podendo-se utilizar o shoyu (molho de soja) para temperar. Este é o chamado Narezushi (なれ鮨), que podemos dizer ser um antecessor do Sushi.

Narezushi, servido na atualidade.
Narezushi, servido na atualidade. – Foto retirada deste site.

Por volta de 1500, os japoneses passaram a consumir o peixe sem tirar o arroz, surgindo o chamado Nama Nare (生熟れ) ou Nama Nari (生成り), nessa época, o prato era consumido semi-fermentado.

Nama Nare, servido na atualidade.
Nama Nare, servido na atualidade. – Foto retirada deste site.

Algum tempo depois, entre Hokkaido e Hokuriku, surgiu o Izushi (飯寿司), que usava o peixe com vegetais em malte de arroz, sendo fermentado com ácido lático.

Izushi, servido na atualidade.
Izushi, servido na atualidade. – Foto retirada deste site.

No século seguinte, um outro tipo de Sushi passou a ser feito, o chamado Hayazushi (早寿司), que pode ser traduzido como “Sushi Rápido”, já que seu preparo exige somente uma noite. O peixe avinagrado com o arroz, e prensado durante uma noite inteira. O peixe mais comum para este Sushi é a Cavalinha (/Saba), que é chamado de Sabazushi (鯖寿司).

Hayazushi, servido na atualidade.
Hayazushi, servido na atualidade. – Foto de Tanabe Murasaki (田辺紫) retirada deste site.

Entre os séculos XVII e XVIII, em Osaka, surgiu o Hakozushi (箱寿司), onde, em uma caixa de armação de madeira, colocava-se o arroz, e em cima, as fatias de peixe. Em seguida, colocava-se uma tábua em cima e pressionava-se com as mãos. Depois de pronto, cortava-se em fatias retangulares.

Hakozushi, servido na atualidade.
Hakozushi, servido na atualidade. – Foto retirada deste site.

Ainda no mesmo período, surgiu o popular Inarizushi (稲荷寿司), que é feito com sacos de tofu frito (Aburaage/油揚げ) preenchidos com arroz. O tofu é geralmente marinado em um caldo de dashi, sake e soja antes de ser preenchido com arroz. Pode ser adicionados outros ingredientes e temperos, como Kanpyo (干瓢) e omelete.

Inarizushi, servido na atualidade.
Inarizushi, servido na atualidade. – Foto retirada deste site.

Já no século XIX, Hanaya Yohei (華屋与兵衛) revolucionou o prato, tornando-o mais rápido de ser preparado. Ele criou o conceito do Nigirizushi (握り寿司), onde ele usava o peixe cru (Sashimi) em cima do arroz e vinagre, que era prensado com as mãos. Devido a rapidez do preparo, este podia ser feito em barracas de rua. Seu quiosque ficava em Ryougoku (両国), e se chamava Yoheizushi. O sushi pronto para comer era mais leve, menos ácido e muito mais fácil de comer do que o original.

Yoheizushi, arte feita por Kawabata Gyokusho (川端玉章), por volta de 1877. Imagem retirada deste site.
Yoheizushi, arte feita por Kawabata Gyokusho (川端玉章), por volta de 1877.

Nigirizushi.
Nigirizushi. Foto retirada deste site.

Além do Nigirizushi, ele também foi o responsável por começar a enrolar o arroz e seu “recheio” (peixes e verguras) em Nori (海苔) (alga) com uma esteirinha, criando o famoso Makizushi (巻き寿司). Antes disso, quando se enrolava o sushi, o faziam com folha de bambu.

Existe uma grande variedade de Makizushis, como por exemplo, o Hossomaki (細巻き) (quando o “rolo” é mais fino), Futomaki (太巻) (quando é mais grosso), Uramaki (裏巻き) (quando ele é enrolado de forma reversa, com o Nori para dentro), Kappamaki (河童巻き) ou Kyuurimaki (胡瓜巻き) (Makizushi com recheio de pepino). Na verdade, Yohei criou uma grande diversidade de Sushis, pois, devido a praticidade de sua técnica, ele conseguia utilizar os ingredientes disponíveis para criar seus Sushis. Por exemplo, ele foi o pioneiro a usar omelete.

Makizushi. Aqui no Brasil, popularmente chamado de
Makizushi. Aqui no Brasil, popularmente chamado de “pneuzinho”. Foto retirada deste site.

Outro tipo de Sushi que é interessante de mencionar, é o Temaki (手巻き). Ele é parecido com o Makizushi, no sentido de enrolar o conteúdo com Nori. Todavia, ao invés de enrolar com a esteirinha, enrola-se com a mão mesmo, agilizando ainda mais o processo. A forma de enrolar o deixa no formato de cone, sendo portanto, mais fácil para o cliente segurar e comer. Esta característica é a responsável pela popularização deste em festas.

Temaki.
Temaki. Foto retirada deste site.

Por volta de 1930, no restaurante Ginza Kyubey (銀座久兵衛), em Tóquio, segundo rumores, foi criado o Gunkanmaki (軍艦巻き), algo como Rolo de Navio de Guerra. Ele consiste em um bolinho de arroz envolto por Nori e coberto por ovas de salmão (Ikura/イクラ),  ouriço-do-mar (Uni/海胆), Shirauo (白魚), entre outros.

Gunkanmaki.
Gunkanmaki. Foto retirada deste site.

Somente em meados de 1960, é que o Sushi se popularizou no Ocidente, em especial nos Estados Unidos, onde nasceu o popular California Roll, criado por Manashita Ichiro, que é um tipo de Makizushi às avessas, com recheios mais variados e adequados ao paladar americano.

California Roll.
California Roll. Foto retirada deste site.

No Japão, ele é chamado também de California-maki (カリフォルニア巻き) ou de Kashuumaki (加州巻き). Junto com ele surgiram vários outros Sushis americanizados, como o Hot Roll, Philly Roll (Filadélfia), Spicy Tuna Roll, Dragon Roll, Rainbow Roll, Spider Roll, Dynamite Roll, Crunch Roll, Boston Roll, Vegas Roll, entre outros. Por vezes, esses Sushis nascidos no Ocidente são chamados de Kawarizushi (変わり寿司).

Obviamente, não citei todos os tipos de Sushis que existem, pois, são muitos. Dentre esses, vale destacar o Tekkamaki (鉄火巻), Oshizushi (押し寿司), Chirashizushi (らし寿司) ou Barazushi (ばら寿司), Edomae Chirashizushi (江戸前ちらし寿司), Gomokuzushi (五目寿司) e o Narezushi (なれ鮨).

(Fontes: Gazeta do Povo | Japamix | Simonde | Sushi Encyclopedism | Wikipédia (En) | Wikipedia (Ja) | Wikipédia (Pt))

Bom… por hoje é só! Escrever esse post me deu vontade de ir à Liberdade comer comida japonesa! 😸

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[Cultural] Culinária Sírio-Libanesa – Esfiha

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Olá Sonhadores! 😸 Como estão?

Na postagem de hoje falaremos mais sobre culinária! Desta vez, trataremos da tão popular esfiha (صفيحة/sfīḥah), também grafado como “esfirra”.

Sua origem é dita como sendo sírio-libanesa, embora seja encontrada em toda região Levante do Mediterrâneo. A receita consiste originalmente em pão de ázimo cozido com cobertura de carne picada, muitas vezes cordeiro aromatizado com cebola, tomate, pinhões e especiarias.

A base do prato, que é o pão de ázimo, é encontrado no Crescente Fértil desde a era pré-histórica, onde se  plantava trigo, cevada, pistache, nozes, romãs e figos, ingredientes que originaram o pão. Este era cozinhado em superfícies quentes como em rochas, sajj de metal, taboon ou tandurs.

Já na idade medieval, com a chegada do forno de tijolo, foi possível criar variações da receita, entre uma onde se cobria o pão com carne (de carneiro) e cebola, nascendo a tão famosa esfiha aberta.  Assim, o prato se espalhou pelo Império Otomano.

As esfihas fechadas são chamadas de Fatayer (ﻓﻄﺎئر), sendo considerada um prato diferente. Embora, no Ocidente o fechamento seja feito de forma diferente.

Já no século XX, a esfiha foi trazida para o Brasil e Argentina pelos imigrantes libaneses e sírios. Desde então, a esfiha passou a ser incrementada com outros ingredientes e novos sabores, como frango, atum, queijo, carne moída, palmito e muitos outros. Inclusive, já vi até esfiha de estrogonofe, misturando a culinária sírio-libanesa com a russa; e de pizza, mixando com a culinária italiana.

Além disso, atualmente, até esfihas doces podem ser encontradas, sendo deliciosas sobremesas!

(Fonte: Balada CERTA | Wikipédia (En) | Wikipedia (Ja))

Aqui em Indaiatuba, acredito que a esfiha mais famosa e popular é a da Casa da Esfiha! A massa deles é muito saborosa, e o recheio não tem descrição. Outra esfiharia famosa é o Habibis, que também é muito boa!

No site TUDOGOSTOSO tem várias receitas de esfiha, algumas bem originais! Quem curte cozinhar, vale a pena dar uma conferida!

Bom, por hoje é só! Espero que tenham gostado! 😸

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[Cultural] Culinária Russa – Estrogonofe

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Olá Sonhadores! 😸 Como estão?

Na postagem de hoje falaremos sobre culinária! O prato de hoje é o tão delicioso estrogonofe (строганов/stroganov), também grafado como strogonoff, atualmente bastante querido aqui no Brasil também.

Bom, a origem desta delícia é russa! Era um prato consumido pelos soldados russos no século XVI. Na época, era apenas uma ração de carne cortadas e temperadas com sal grosso e aguardente para conservar o alimento.

A receita foi aprimorada por um cozinheiro do Czar russo Pedro, o Grande. O general que protegia este cozinheiro era da família Strogonov, por isso, nomearam o prato com o mesmo.

Todavia, a primeira receita registrada do prato, foi feita pela chefe de cozinha Elena Molokhovets, em seu livro “Um Presente para Jovens Donas de Casa” (Подарок молодым хозяйкам), com o nome de “Estrogonofe de carne com mostarda”.

Princípios Práticos das Artes Culinárias
Livro: “Princípios Práticos das Artes Culinárias”, 1909.

Segundo o livro “Princípios Práticos das Artes Culinárias” (tradução livre de “Prakticheskie Osnovy Kulinarnogo Iskusstva” | “Практические основы кулинарного искусства”) de Alexandrova-Ignatieva (Александрова-Игнатьева), em 1909, outra receita foi registrada, acrescentando cebola e extrato de tomate, além de passar a ser acompanhado de batata palha, que é considerada um acompanhamento tradicional para a comida russa.

Com a Revolução Russa, em 1917, o prato se popularizou nos hotéis e restaurantes chineses, antes da Segunda Guerra Mundial. Então, muitos russos, chineses e norte-americanos que trabalhavam na China pré-comunista e imigraram para a Europa, trouxeram o estrogonofe para estes países, onde mais variedades de receitas surgiram.

Contudo, foi na França que o prato foi aprimorado, com o acréscimo de champignon na receita e assim, o prato passou a ser chamado de Strogonoff, tornando-se mais refinado e caro.

No Brasil, houve o “aportuguesamento” do nome do prato, passando a ser chamado de Estrogonofe.

Atualmente o prato é bastante popular, sendo considerado por muitos, um dos mais saborosos, junto com a lasanha e a parmegiana.

Além disso, surgiram diversas variantes do mesmo, como o estrogonofe de frango, de peixe e de camarão. Além de usarem estrogonofe como sabores de pizzas e panquecas.

Fonte das informações: História de Tudo | Wikimedia | Wikipédia

Para quem quiser fazer esta delícia, no site Receitas.com há uma grande variedade!

Bom, por hoje é só! Espero que tenham gostado! 😸

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