[Sabedoria] O idiota e a moeda

* Foto retirada deste site, editada por mim.

Sabedoria

Olá Sonhadores! 😸 Como vão?

Na postagem de hoje, transcrevo um e-mail que recebi há vários anos atrás, contendo um texto de Arnaldo Jabor, cuja reflexão considero interessante. Segue a transcrição:

O IDIOTA E A MOEDA

“Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.

Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos. – Eu sei, respondeu o tolo. “Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda”.

Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.

A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é. A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história? A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.

Mas, a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos. O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente. Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam… é problema deles.”

(Arnaldo Jabor)

Todas as lições concluídas por Arnaldo Jabor são uma grande verdade. Tiveram a intenção de fazer de bobo o protagonista da história, e eles receberam isso de volta sendo feitos de bobos pelo mesmo.

Podemos concluir também que, não devemos julgar as pessoas pela aparência. Na historinha, o tolo era, na verdade, esperto. E, mesmo que não fosse assim, não devemos fazer graça com as carências/deficiências dos outros. (Não falo da física, apenas. Como humanos vivendo neste mundo, todos temos nossos defeitos e deficiências.).  Muitos justificam esse tipo de atitude como se fosse brincadeira, mas, será que todos realmente se divertem nesta?

Só discordo da afirmação: “O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente.” Pois não vejo isso como prazer, embora esteja de acordo que esta, em muitos casos, é uma sábia atitude.

Por fim, o desfecho, com certeza devemos nos preocupar mais com a nossa própria consciência. Poder dormir tranquilo a noite, sem culpas é a melhor coisa. Ser quem realmente somos, sem teatro, é o verdadeiro viver, devendo ser a nossa prioridade máxima. No entanto, acredito que a reputação não deve ser totalmente ignorada. Com certeza, o que os outros pensam é problema deles, no entanto, vivemos numa sociedade, convivemos com outros indivíduos. Não podemos nos fechar somente com a nossa própria consciência e ideais, pois fazer isso, em casos mais extremos, pode levar ao egocentrismo.

Além disso, existe certa necessidade de ser bem visto, neste mundo de aparências. Não por vaidade, mas para poder sobreviver mesmo. O chamado marketing pessoal não me deixa mentir. Algo importantíssimo para a carreira nos dias de hoje. Inclusive, saber o que os outros pensam sobre nós, pode nos ajudar a encontrar pontos fracos para melhorarmos a nós mesmos. Fazendo isso, podemos melhorar a nossa reputação, o que pode contribuir para abrir novas portas.

Creio que o que Jabor quis ressaltar, é que devemos priorizar a nossa consciência, sendo nós mesmos e agindo conforme o nosso senso do correto. Realmente, há pessoas que se prendem tanto à reputação que deixam de ser elas mesmas, o que desgasta o emocional desta.

O ideal, para meu entender, é o equilíbrio. Podemos cuidar da reputação, sem deixarmos de ser nós mesmos, sem desviar do que nossa consciência e valores acreditam.

Bom, por hoje é só!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos! 🐯

Dreamer

[SNI] Enxerguemos a Verdadeira Beleza

* Imagem retirada deste site (arquivado).

SEICHO-NO-IE

Olá Sonhadores! 😸 Como estão?

Hoje quero postar uma citação da SEICHO-NO-IE, do livro “Guia para uma Vida Feliz”, de autoria do Prof. Masaharu Taniguchi.

Procuremos sempre descobrir as qualidades dos outros | 常に人の美点を見つけましょう

Quando ficamos enumerando na mente os defeitos alheios, estes acabam formando uma espécie de biombo em torno de nós, e acabamos impossibilitados de enxergar a verdadeira beleza e a luz de Deus que foram escondidas pelo biombo.

Vamos desenhar na mente apenas coisas alegres e positivas.

Procuremos constantemente descobrir apenas as qualidades dos outros e elogiá-las.

(TANIGUCHI, Masaharu. Guia para uma Vida Feliz, p.168-p.169)

Como são belas as pessoas que só conseguem enxergar as qualidades em tudo o que veem! Além de se tornarem existências super agradáveis, já que suas presenças nos fazem sentir bem, em conversas otimistas e que nos preenchem com positividade e esperança.

Infelizmente, é mais comum encontrarmos quem fique reparando e apontado defeitos, faltas e erros alheios. Muitos precisam disso para sentirem-se melhores, tendo a necessidade de sinalizar alguma virtude, demonstrando a falta de autoconfiança e autoconsciência das próprias qualidades.

Atualmente, vivemos numa época em que a aparência é muito importante, prejulga-se muito através dela. Por conta disso, a busca pela beleza exterior tornou-se algo cada vez mais acentuada, enriquecendo, inclusive, a chamada indústria da beleza.

Mas, qual é o sentido de se ter um rosto perfeitamente lindo, um corpo sarado e sexy, usar as roupas mais caras da moda, se não cuida da beleza mais importante? De que adianta ser alguém estonteante de tão belo(a), se ficar somente reparando e criticando os defeitos e falhas dos outros? Isso apenas o(a) enfeia, pois tornamo-nos o que pensamos/falamos/expressamos.

Além disso, presenciamos a era dos rótulos. Graças ao advento da internet e das redes sociais, temos várias bolhas que acabam configurando-se em rótulos. Seja no campo político, ideológico, religioso, ou cultural. Cada bolha tem seu rótulo que gera uma generalização (por exemplo: a bolha dos nerds, das e-girls, dos ambientalistas, dos lulistas, dos bolsonaristas, da esquerda, da direita, dos cristãos, dos espiritualistas, dos ateus, dos identitários, dos libertários, dos otakus, dos cinéfilos, etc.).

Esses rótulos, bem como a própria idolatria da beleza, são os biombos ditos na citação do professor. Quando um ateu se recusa a conversar com um cristão só por causa da religião deste, ou quando ele o critica e julga sem conhecê-lo de fato, recusando-se sequer a trocar algumas palavras, ele está colocando o biombo, que o impede de enxergar a pessoa que está além do rótulo de cristão. Afinal, além de cristão, essa pessoa tem muitos outros adjetivos e, dentre eles, pode haver algum que combine com o referido ateu. Talvez, apesar da divergência com relação à religião, ambos tenham muitas coisas em comum que permitiriam eles serem bons amigos.

Dei o exemplo do ateu para com o cristão, mas, o inverso também pode ocorrer. Bem como para com qualquer outro rótulo (em especial, com os políticos, já que vivemos uma grande polarização neste assunto. Aliás, desde a última eleição presidencial, fiquei sabendo de muitas amizades se desfazendo, bem como familiares cortando os laços por conta exclusiva de divergências políticas e/ou ideológicas. É como que se a pessoa tivesse se tornado exclusivamente a sua visão política/ideológica, apagando todas os demais atributos que o caracterizam como ser humano. Um grande e denso biombo, não acham?).

Aliás, quanto mais se pensa/fala mal/critica os outros, mais difícil fica de enxergar as qualidades alheias, assim como o lado bom das coisas. E, se a pessoa agir desta forma constantemente, aos poucos, torna-se alguém negativo, pessimista e intolerante, passando a enxergar o mundo monótono e sem vida. Reclamando e atacando (seja em pensamento, ou verbalmente) a tudo e a todos, torna-se uma pessoa desagradável de se conviver.

Por outro lado, quem repara somente nas virtudes do próximo, respeitando as diferenças e os pontos negativos, tona-se otimista, vendo cor em qualquer cenário deste mundo. Além do mais, esta posição o torna muito mais belo e atraente! Atraindo pessoas e fatos que condizem com o que nos faz bem!

Não é mais vantajoso para todos, se procurarmos observar somente as qualidades das pessoas e fatos? Enxergando a beleza verdadeira do próximo, nós mesmos manifestamos nossa verdadeira beleza! Sem contar que, ao elogiarmos alguém, ele se sente feliz, motivado a se aperfeiçoar ainda mais. Ou seja, além de nos embelezarmos, estamos fazendo um bem ao próximo!

Elogiemos o próximo!
Elogiemos o próximo! – Foto retirada deste site (arquivado).

Com isso, não digo para abandonar a beleza exterior. Ela tem a sua importância, e deve ser cuidada sim! O que não se pode é dar atenção exclusiva ou exacerbada à ela. Bem como, não significa que não possamos avisar alguém de seus erros. Pode-se fazer isso com uma crítica construtiva, falando com o sentimento do bem-querer em relação ao próximo, inclusive, dando sugestões de como melhorar.

Bom, por hoje é só!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos! 🐯

Dreamer

[Expansão da Consciência] Ho’oponopono – Eliminando seus nós emocionais

* Confie em sua intuição – Imagem retirada deste Facebook.

Expansão da Consciência

Olá Sonhadores! 😸 Como estão?

Hoje falaremos sobre uma prática chamada Ho’oponopono, muito realizada por espiritualistas, mas, que tem algum fundamento científico envolvido.

Esta é uma prática havaiana muito antiga, realizada por sacerdotes (kahuna), em prol da cura e da reconciliação através da resolução de conflitos e do perdão. A palavra Ho’oponopono pode ser entendida como “corrigir um erro” ou “tornar certo o que está certo” em havaiano.

Acredita-se que a prática era utilizada como uma forma de resolver conflitos e restaurar o equilíbrio na comunidade. Posteriormente, passou também, a ser realizado em família, onde todos se sentavam juntos para discutir seus problemas e trabalhar em soluções, sendo conduzido pelo mais idoso. Como curiosidade, segue a oração original do Ho’oponopono (mais adiante, veremos a versão moderna):

“Divino Criador, Pai, Mãe, Filho, todos em Um. Se eu, minha família, meus parentes e antepassados, ofendemos sua família, parentes e antepassados, em pensamentos, fatos ou ações, desde o início de nossa criação até o presente, nós pedimos o seu perdão. Deixe que isso se limpe, purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas. Transmute essas energias indesejáveis em pura luz e assim é.

Para limpar o meu subconsciente de toda carga emocional armazenada nele, digo uma e outra vez, durante o meu dia, as palavras-chave do Ho’oponopono: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Declaro-me em paz com todas as pessoas da Terra e com quem tenho dívidas pendentes. Por esse instante e em seu tempo, por tudo o que não me agrada em minha vida presente: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Eu libero todos aqueles de quem eu acredito estar recebendo danos e maus tratos, porque simplesmente me devolvem o que fiz a eles antes, em alguma vida passada: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato.

Ainda que me seja difícil perdoar alguém, sou eu que pede perdão a esse alguém agora. Por esse instante, em todo o tempo, por tudo o que não me agrada em minha vida presente: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Por esse espaço sagrado que habito dia a dia e com o qual não me sinto confortável: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Pelas difíceis relações às quais só guardo lembranças ruins: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato.

Por tudo o que não me agrada na minha vida presente, na minha vida passada, no meu trabalho e o que está ao meu redor, Divindade, limpa em mim o que está contribuindo para minha escassez: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato.

Se meu corpo físico experimenta ansiedade, preocupação, culpa, medo, tristeza, dor, pronuncio e penso: “minhas memórias, eu te amo. Estou agradecido pela oportunidade de libertar vocês e a mim”. Eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato. Neste momento, afirmo que te amo. Penso na minha saúde emocional e na de todos os meus seres amados. Te amo.

Para minhas necessidades e para aprender a esperar sem ansiedade, sem medo, reconheço as minhas memórias aqui neste momento: eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grato.

Amada Mãe Terra, que é quem eu sou: se eu, a minha família, os meus parentes e antepassados te maltratamos com pensamentos, palavras, fatos e ações, desde o início da nossa criação até o presente, eu peço o teu perdão. Deixa que isso se limpe e purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas. Transmute essas energias indesejáveis em pura luz e assim é.

Para concluir, digo que esta oração é minha porta, minha contribuição à tua saúde emocional, que é a mesma que a minha. Então esteja bem e, na medida em que vai se curando, eu te digo que: eu sinto muito pelas memórias de dor que compartilho com você. Te peço perdão por unir meu caminho ao seu para a cura, te agradeço por estar aqui em mim. Eu te amo por ser quem você é”.

(Retirado do site de João Bidu.)

Em 1976, o psicólogo havaiano Dr. Ihaleakala Hew Len (1939-2022) adaptou o Ho’oponopono para uso em seu trabalho como terapeuta. Hew Len acreditava que a origem dos problemas estava em nossa própria mente subconsciente, e que as memórias e crenças negativas armazenadas ali estavam contribuindo para a maioria dos nossos problemas. Ele simplificou o Ho’oponopono resumindo-o em quatro frases simples: “Sinto muito“, “Por favor, me perdoe“, “Eu te amo” e “Sou grato“. Essas frases são usadas para limpar as memórias e crenças negativas da mente subconsciente, permitindo que a pessoa experimente uma cura e reconciliação interior.

A técnica ganhou popularidade na década de 2000, quando foi apresentada pelo livre “Limite Zero” do Joe Vitale. Desde então, muitas pessoas em todo o mundo têm usado essa técnica para ajudá-los a encontrar paz interior, resolver conflitos e curar traumas emocionais.

No vídeo abaixo, da Sílvia Sayuri Morita, ela explica com maestria sobre a técnica e, conta resumidamente a incrível história de como o Dr. Hew Len curou todos os detentos de uma prisão (história esta, contida no livro de Vitale) (via YouTube):

Da perspectiva espiritual, o Ho’oponopono se concentra em limpar a mente subconsciente de pensamentos e emoções negativas, permitindo que a pessoa experimente uma cura interior e se conecte com seu eu mais elevado. De acordo com a filosofia havaiana, o Ho’oponopono é baseado em três princípios fundamentais:

1. A união entre todas as coisas: A filosofia havaiana ensina que todas as coisas estão conectadas e interdependentes. Nós somos todos um, e nossas ações e pensamentos afetam não apenas a nós mesmos, mas também o mundo ao nosso redor.

2. O poder do perdão: O perdão é considerado uma das maiores forças de cura na vida. Quando perdoamos, liberamos o ressentimento, a raiva e o ódio que podem nos manter presos em ciclos de dor e sofrimento.

3. Responsabilidade pessoal: Somos responsáveis por nossas próprias vidas e pelas experiências que criamos para nós mesmos. Aceitar a responsabilidade pessoal significa que podemos escolher como reagir a qualquer situação e criar um futuro mais positivo para nós mesmos e para aqueles ao nosso redor.

A prática do Ho’oponopono envolve reconhecer que nossos pensamentos e emoções negativas podem contribuir para nossos problemas e para os problemas dos outros, e que podemos usar a limpeza desses padrões para curar nossas vidas e ajudar a curar o mundo ao nosso redor. Em outras palavras, tudo o que percebemos ao nosso redor é de responsabilidade nossa!

Ao repetir as quatro frases: “Sinto muito”, “Por favor, me perdoe”, “Sou grato” e “Eu te amo”; estamos pedindo perdão e liberação de nossos pensamentos e emoções negativas, e reconhecendo que somos responsáveis por criar uma realidade mais positiva para nós mesmos e para os outros.

Por isso, o Ho’oponopono pode ser visto como uma prática espiritual que ajuda a curar a mente, o corpo e o espírito, permitindo que a pessoa se conecte com sua essência divina e encontre paz e harmonia em sua vida.

Para os mais céticos, há também, alguns argumentos científicos que podem demonstrar os benefícios desta prática havaiana. Já que, estudos em psicologia têm mostrado que a forma como pensamos e nos sentimos pode afetar nossa saúde física e emocional. A teoria subjacente ao Ho’oponopono é que, ao limpar nossas memórias e crenças negativas, podemos reduzir o estresse e a ansiedade em nossas vidas.

Além disso, estudos têm mostrado que a meditação e outras práticas que envolvem a limpeza da mente podem ajudar a reduzir a atividade no córtex pré-frontal medial, uma área do cérebro que está associada ao julgamento e ao controle emocional. Exemplos desses estudos podem ser encontrados no “Journal of Neuroscience” em 2011, por exemplo, que descobriu que os participantes que meditavam regularmente apresentavam níveis mais baixos de atividade no córtex pré-frontal medial em comparação com os participantes do grupo de controle que não meditavam. Outro estudo publicado na revista “Social Cognitive and Affective Neuroscience” em 2016 também descobriu que a meditação estava associada a uma redução na atividade no córtex pré-frontal medial durante a realização de tarefas emocionais. E, no mesmo ano, uma publicação no “Frontiers in Human Neuroscience” analisou a atividade cerebral de meditadores experientes e descobriu que eles tinham níveis mais baixos de atividade no córtex pré-frontal medial do que os não praticantes durante a realização de uma tarefa que envolvia o controle emocional.

Sem contar que, os sentimentos de gratidão e perdão estão associados a um maior bem-estar emocional e a uma menor incidência de depressão e ansiedade, como indica, por exemplo, um estudo publicado no “Journal of Personality and Social Psychology” em 2003, onde os participantes que mantiveram um diário de gratidão por 10 semanas apresentaram um aumento significativo nos níveis de felicidade e satisfação com a vida em comparação com os participantes do grupo de controle que não mantiveram o mesmo.

Obviamente, os argumentos científicos à favor dos benefícios do Ho’oponopono como prática em si são limitados, mas, as consequências trazidas por ela, são comprovadamente benéficas.

Para os que pretendem tentar realizá-la, podem surgir dúvidas de como mentalizar as quatro frases. Se buscarmos na internet, haverão vários jeitos diferentes. Recomendo fazer como a sua intuição mandar, já que não há uma regra definitiva.

Pode-se fazer focando em alguém por quem nutrimos ressentimento, ou para quem está ressentido conosco. Pode ser feito para uma lembrança que te marcou, como um trauma, por exemplo. Ou, podemos fazer deliberadamente, sem focar em nada, e repetir sem parar. Ao fazer dessa forma, pode ocorrer algo bem interessante! Podem “brotar” lembranças que nem se recordava mais, ou sentimentos que nem sabia que estavam lá escondidinhos e, ao “saírem” e serem “deletados”, estamos desatando esse nó mental que estava nos afetando de forma inconsciente. Assim, podemos curar memórias, relacionamentos, lembranças que nos machucam, sentimentos doentios, hábitos ruins, etc.

É interessante ressaltar que quando digo que “deletamos” uma memória, não significa que não vamos mais lembrar delas. Estamos apenas transmutando seu significado negativo que ela tem para nós, fazendo com que isso deixe de nos afetar.

Aí vem a famigerada pergunta que todo mundo que acaba de conhecer essa técnica faz: “Por quanto tempo devo repetir isso?”. O problema que essa questão não tem uma resposta! Depende de você, como você se sente? Escute sua intuição, se achar que é o suficiente por aquele dia, então pare! Se achar legal continuar mais um pouquinho, vá em frente! Como diz a Sílvia no vídeo, evite o “tem que”. Se a prática se tornar uma obrigação, ela deixará de ser genuína e, pode não funcionar bem.

Esta maravilhosa técnica ficou tão popular que virou até música, criada por Aman Ryusuke Seto, que mistura inglês com japonês (via YouTube):

Ela é cantada por Aman, Hanayo e Susan Osborn. Porém, se você não entende nada de inglês e nem japonês, não se preocupem! A Manu Saggioro gravou em português (via YouTube):

Segue as letras:

“I’m Sorry Please Forgive Me I Thank You And I Love You
These Are The Special Words, God Sent To Us All
These Are The Magic Words, God Give To Us All
Ho’oponopono Ho’oponopono Ho’oponopono
I’m Sorry Please Forgive Me I Thank You And I Love You
I’m Sorry ごめんね (gomen ne) 許してね (yurushite ne) Please Forgive Me
I’m Sorry Please Forgive Me I Love You 愛してるよ (aishiteru yo)
魔法な言葉 神様からの 不思議な響き  (mahou na kotoba kami-sama kara no fushigi na hibiki)
Ho’oponopono Ho’oponopono Ho’oponopono
一人一人の贈り物 (hitori hitori no okurimono) Ho’oponopono
I’m Sorry Please Forgive Me I Thank You And I Love You
ごめんね 許してね ありがとう 愛してるよ (Gomen ne yurushite ne arigatou aishiteru yo)
I’m Sorry ごめんね (gomen ne) 許してね (yurushite ne) Please Forgive Me
I Thank You Please Forgive Me I Love You あいしてるよ(arigatou yo)

Em português:

“Sinto Muito Me Perdoe Sou Grata Eu Te Amo Sinto Muito Me Perdoe Sou Grata Eu Te Amo São Mágicas Palavras Vindas Pra Curar Fluindo No Amor Pra Nos Libertar Ho’oponopono Ho’oponopono Ho’oponopono”

Por hoje é só!

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Dreamer

[Cultural] Culinária Brasileira – Pastel

* Foto retirada deste site.

Cultural

Olá Sonhadores! 😸 Como estão?

Na postagem de hoje, tratarei sobre um prato bastante popular em nosso país, o pastel. Que, aliás, faz parte da culinária brasileira.

Sua origem é incerta, tendo uma vertente que especula que esta delícia tem origem europeia, já que em Portugal, há registros de que a massa do pastel já era consumida há séculos. Porém, a teoria mais aceita, é a de que a origem seja asiática.

Acredita-se que o pastel foi criado com base em dois pratos de origem chinesa: o “Jiǎozi” (饺子) e o “Chūn Juǎn” (春卷), que são mais conhecidos por aqui, em suas versões nipônicas, o “Guiosa” (Gyoza/餃子) e o “Rolinho de Primavera” (Harumaki/春巻き), respectivamente. Futuramente, pretendo escrever postagens sobre estas duas culinárias também. Se prestarmos atenção, há similaridades do pastel com o guioza (formato em meia lua, recheado) e com o rolinho de primavera (massa crocante e, também, recheado).

Guioza.
Guioza. Foto retirada deste site.

Pastel em formato meia-lua.
Pastel em formato meia-lua. Foto retirada deste site.

Rolinho de Primavera.
Rolinho de Primavera. Foto retirada deste site.

Pastel retangular.
Pastel retangular. Foto retirada deste site.

Voltando ao pastel, foi criado no Brasil por imigrantes japoneses na década de 40, que adaptaram as receitas conforme os ingredientes locais e o paladar brasilense. Inicialmente, eram feitos com massa de farinha de trigo e recheados com carne de porco, queijo, camarão e outros ingredientes.

Conta-se que, durante a Segunda Guerra Mundial, para evitar a discriminação e perseguição, causada pelo fato do Japão ter se aliado aos inimigos (Eixo), os imigrantes japoneses passaram a fazer pratos chineses, para disfarçar sua origem. Assim, ao adaptá-los, nasceu o pastel como conhecemos hoje.

O prato começou a se popularizar ainda na década de 40, em Santos, espalhando rapidamente por todo o Estado. Na década de 50, chegou no Rio de Janeiro e Minas Gerais. E, somente na década de 60 é que chegou no Sul, mais especificamente em Maringá, Paraná.

Com o tempo, os recheios passaram a variar cada vez mais, por exemplo: carne moída, carne seca, queijo, ovo. palmito, presunto, calabresa, bauru, bacalhau pizza, estrogonofe, chocolate, banana, Romeo e Julieta, etc. Tornando-se um alimento muito popular, especialmente nas feiras livres e nos bares e lanchonetes das cidades.

Curiosamente, décadas depois, os imigrantes brasileiros que foram para o Japão levaram o nosso pastel para lá, onde é chamado de “Pasuteru” (パステル), ou “Pasuteu” (パステウ).

A história do pastel é bastante interessante, pois, mostra como um determinado prato, pode evoluir e se adaptar conforme a cultura local, podendo ser influenciado por eventos históricos.

(Fontes: Bella Venezia | Wikipedia (Ja) | Wikipédia (Pt))

Por hoje é só! Agora, fiquei com saudades do pastel da minha avó, nunca comi igual!! 😸

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Dreamer

O Natal Existe

Olá Sonhadores! 😸 Como vão?

Este é uma postagem de Natal! Para não passar em branco, fica aí um pequeno vídeo para vocês:

Desejo a todos excelente festas e que 2024 seja repleto de boas vibrações, com muito Amor, Paz e Prosperidade para todos!!

Bom, por hoje é só!

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[Sabedoria] E o que mais?

* Foto retirada deste site.

 

Sabedoria

Olá Sonhadores! 😸 Como vão?

Antes de começar o post de hoje, quero transcrever um trecho de um livro, que servirá para introduzir o assunto, ok? O nome do livro é “Conquistar e influenciar para se dar bem com as pessoas”, cujo autor é Reinaldo Polito. O livro trata de vários detalhes e dicas que ajudam a nos relacionar melhor tanto no ambiente de trabalho, como em casa ou com os amigos e conhecidos. O trecho quero discorrer é este:

“De repente, surgiu uma experiência (relato) diferente que tinha tudo para começar e terminar sem provocar o interesse do grupo: um dos alunos contou que o filho pequeno, ainda nos primeiros anos escolares, chegou em casa, jogou a mochila no canto da sala e foi correndo lhe entregar o relatório de aproveitamento em sala de aula.

Nosso aluno disse que desejava muito saber sobre o aprendizado e a participação do garoto e, por isso, olhou as avaliações com bastante atenção. À medida que observava os comentários da professora e conferia o relatório, fazia suas observações: ‘Filho, você precisa terminar os desenhos, conversar menos com os coleguinhas durante a aula e não dobrar as folhas do caderno’.

O filho olhava para o pai e, com os olhinhos brilhantes, indagava: ‘E o que mais?’. O pai continuava a analisar os resultados da avaliação e apontava o que poderia ser melhorado. O filho permanecia firme na frente dele e não parava de perguntar: ‘E o que mais?’.

Só depois de um bom tempo o pai caiu em si e percebeu que estava apenas apontando os defeitos; em nenhum momento havia feito nem um comentário sequer sobre os méritos do garoto. O filho, entretanto, estava ansioso para ouvir algum elogio ou palavra de incentivo.

O pai, então, passou a mencionar todos os pontos positivos que pôde encontrar. Revelou que a cada descoberta fazia uma festa com o filho. Comemorava os acertos com voz vibrante e entusiasmada. O semblante do menino ficou iluminado de alegria. Ele estava envaidecido por ter conseguido resultados que davam orgulho ao pai.” (POLITO, Reinaldo. Conquistar e influenciar para se dar bem com as pessoas. p. 84. Editora Saraiva)

Achei muito interessante o que esta criança ensinou a seu pai, mesmo que sem querer. É um ensinamento que já mencionei em dois posts anteriores: “Terapia do Elogio”, onde comentei um texto que recebi há tempos; e em “A importância de reconhecer e elogiar”. No entanto, acredito que nunca é demais tratarmos deste assunto tão importante, mas que às vezes, é esquecido no nosso dia a dia.

Penso eu que, por visarmos sempre a perfeição de tudo o que fazemos, procuramos os defeitos e os relatamos para as pessoas envolvidas, muitas vezes, com o intuito de querer ajudar a melhorar. É o que chamam de critica construtiva, o que, quando feito de forma moderada e prudente, é algo positivo. No entanto, mais importante do que isso, são os elogios dos pontos positivos. Por estarem ok, muitos pensam que não precisam comentar sobre eles, porém, para estes pontos estarem perfeitos, foi exigido esforço de alguém, que deve ser reconhecido e elogiado devidamente.

Se só houverem críticas e comentários de pontos negativos, haverá um desânimo por parte do outro, o que resultará em queda de desempenho, além de poder machucar a pessoa em questão. Afinal, vai passar a mensagem de que o que ela fez, foi de baixa qualidade. Ou, que seus esforços que deram bons frutos, não valeram de nada.

Já o elogio, além de deixar o próximo feliz, o incentiva a se esforçar mais, no caso de trabalho, otimizando o serviço e melhorando a satisfação deste no ambiente. Isso vai refletir na atitude desta pessoa na casa dela, pois quando se está satisfeito no trabalho, o humor em casa tende a melhorar, ou seja, um simples elogio pode contribuir para a harmonia de um lar!

Obviamente, os elogios não devem ser feitos somente no serviço, mas também entre pais e filhos (como visto no trecho acima), amigos, vizinhos, conhecidos… E principalmente entre um casal (seja namorados, noivos ou casados). Afinal, como dito, o elogio incentiva, e uma das coisas mais maravilhosas de estar com quem amamos é ter o incentivo e apoio destes, não é? Aliás, a reciprocidade nesse aspecto é o que contribui para o crescimento mútuo como casal e no individual também.

Pelo contrário, se o parceiro(a) ficar só criticando e falando sobre os defeitos e pontos negativos, esta pessoa acabará querendo evitar o próprio parceiro(a), pois acho que ninguém precisa aumentar os fardos que já estão carregando. Ao invés de criticar, elogie o que se tem de bom! Ajude a procurar uma forma de resolver as carências! Mostre que esta pessoa não está sozinha, que há alguém apoiando e incentivando!

E, no fundo, acredito que todos esperam por um elogio, assim como o menino da história do começo desta postagem. Quem não gosta de ser elogiado (com sinceridade, é claro!)?

Vamos elogiar mais nossos pais e filhos! Nossos amigos (principalmente os que estão em momentos difíceis)! Nossos vizinhos e conhecidos! Nosso colegas (seja de escola/faculdade/trabalho) e, porque não, chefe (mas sem puxa-saquismo)! E, porque não, nosso parceiro amoroso.

Bom, por hoje é só!

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[Sabedoria] Eu te amo… não diz tudo!

* Foto retirada deste site.

 

Sabedoria

Olá Sonhadores! 😸 Como vão?

Hoje quero compartilhar um texto que recebi via e-mail há muito tempo, que possui uma análise interessante de Arnaldo Jabor sobre falar “te amo”. Termo dito tão facilmente nos dias atuais.

EU TE AMO… NÃO DIZ TUDO!

Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,

Que zela pela sua felicidade, Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,

E que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás, É ver como ele(a) fica triste quando você está triste, e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d’água.

Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro. Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: “Eu te amo” não diz tudo!

(Arnaldo Jabor)

Com a inversão de valores e banalização de sentimentos que vivemos nos dias atuais, dizer “te amo” é algo tão comum e fácil, que não significa mais o que deveria, como era há duas ou três gerações atrás. Hoje, dizem esta frase para se conquistar “ficantes”, ou para dizer que está afim de “dar uma” esta noite. Confundem o amar com a paixão. Consequentemente, quando alguém diz “te amo” de forma sincera e profunda, não há mais peso.

Por isso, mais do que nas gerações anteriores, é preciso expressar o amor através de atitudes. Além do brilhar dos olhos, tem-se a vontade de estar juntos, de desfrutar a companhia, e o desejo de estar presente e participar na vida um do outro. É ter a intenção de apoiar e ser apoiado(a), e a determinação de vencerem na vida juntos, com um empurrando a costa do outro em direção aos objetivos e sonhos individuais e do casal.

Se você tem alguém assim na sua vida, pode dizer “te amo” sem medo! Afinal, é um sentimento genuíno, que deve ser expresso em palavras, em conjunto com as atitudes.

Por outro lado, se a motivação de estarem juntos for pelo fato da pessoa ser bela, ou tem um corpo “sarado”/”gostoso”, ou por ser bom de cama, ou pelo status social/financeiro, ou apenas porque ele(a) seja desejado por muitos. Então, não diga “te amo”, já que não há amor aí. E, sem amor, é impossível conseguir ter as atitudes já mencionadas acima, mesmo que seja atuação. Afinal, ninguém consegue fingir o tempo todo.

O amor vai muito além do sentimento docinho e gostoso. Envolve dedicação, reciprocidade, respeito, compreensão, paciência, equilíbrio e sacrifícios. E, mesmo tendo tudo isso, não há garantias de que o relacionamento vingará. Afinal, um bom relacionamento não pode sobreviver só com o amor, por mais genuíno e profundo que ele seja.

Bom, por hoje é isso!

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos! 🐯

Dreamer

[Cultural] Culinária Japonesa – Sushi

* Foto retirada deste site.

Cultural

Olá Sonhadores! 😸 Como estão?

Na postagem de hoje discorrerei sobre o prato mais popular da culinária nipônica, o Sushi (寿司).

Originalmente, a culinária japonesa consistia em peixes, arroz, algas, verduras e vegetais, sendo pratos leves de baixa quantidade gordura, portanto, mais saudáveis.

O sushi é oriundo de uma prática de conservação do peixe, que não foi criada no Japão, mas sim nos países do sudeste asiático, chegando na China em meados de 200 a.C.. A técnica consistia em salgar e enrolar o peixe com arroz cozido e este, ao fermentar, liberava ácido acético e láctico, garantindo a conservação da carne e dando um sabor especial. Está aí a ideia do Sushi.

Esta prática chegou ao Japão por volta de 700 d.C., onde os pescadores passaram a prensar o arroz e o peixe cru com pedras. Após a fermentação, o arroz era descartado e o peixe consumido, podendo-se utilizar o shoyu (molho de soja) para temperar. Este é o chamado Narezushi (なれ鮨), que podemos dizer ser um antecessor do Sushi.

Narezushi, servido na atualidade.
Narezushi, servido na atualidade. – Foto retirada deste site.

Por volta de 1500, os japoneses passaram a consumir o peixe sem tirar o arroz, surgindo o chamado Nama Nare (生熟れ) ou Nama Nari (生成り), nessa época, o prato era consumido semi-fermentado.

Nama Nare, servido na atualidade.
Nama Nare, servido na atualidade. – Foto retirada deste site.

Algum tempo depois, entre Hokkaido e Hokuriku, surgiu o Izushi (飯寿司), que usava o peixe com vegetais em malte de arroz, sendo fermentado com ácido lático.

Izushi, servido na atualidade.
Izushi, servido na atualidade. – Foto retirada deste site.

No século seguinte, um outro tipo de Sushi passou a ser feito, o chamado Hayazushi (早寿司), que pode ser traduzido como “Sushi Rápido”, já que seu preparo exige somente uma noite. O peixe avinagrado com o arroz, e prensado durante uma noite inteira. O peixe mais comum para este Sushi é a Cavalinha (/Saba), que é chamado de Sabazushi (鯖寿司).

Hayazushi, servido na atualidade.
Hayazushi, servido na atualidade. – Foto de Tanabe Murasaki (田辺紫) retirada deste site.

Entre os séculos XVII e XVIII, em Osaka, surgiu o Hakozushi (箱寿司), onde, em uma caixa de armação de madeira, colocava-se o arroz, e em cima, as fatias de peixe. Em seguida, colocava-se uma tábua em cima e pressionava-se com as mãos. Depois de pronto, cortava-se em fatias retangulares.

Hakozushi, servido na atualidade.
Hakozushi, servido na atualidade. – Foto retirada deste site.

Ainda no mesmo período, surgiu o popular Inarizushi (稲荷寿司), que é feito com sacos de tofu frito (Aburaage/油揚げ) preenchidos com arroz. O tofu é geralmente marinado em um caldo de dashi, sake e soja antes de ser preenchido com arroz. Pode ser adicionados outros ingredientes e temperos, como Kanpyo (干瓢) e omelete.

Inarizushi, servido na atualidade.
Inarizushi, servido na atualidade. – Foto retirada deste site.

Já no século XIX, Hanaya Yohei (華屋与兵衛) revolucionou o prato, tornando-o mais rápido de ser preparado. Ele criou o conceito do Nigirizushi (握り寿司), onde ele usava o peixe cru (Sashimi) em cima do arroz e vinagre, que era prensado com as mãos. Devido a rapidez do preparo, este podia ser feito em barracas de rua. Seu quiosque ficava em Ryougoku (両国), e se chamava Yoheizushi. O sushi pronto para comer era mais leve, menos ácido e muito mais fácil de comer do que o original.

Yoheizushi, arte feita por Kawabata Gyokusho (川端玉章), por volta de 1877. Imagem retirada deste site.
Yoheizushi, arte feita por Kawabata Gyokusho (川端玉章), por volta de 1877.

Nigirizushi.
Nigirizushi. Foto retirada deste site.

Além do Nigirizushi, ele também foi o responsável por começar a enrolar o arroz e seu “recheio” (peixes e verguras) em Nori (海苔) (alga) com uma esteirinha, criando o famoso Makizushi (巻き寿司). Antes disso, quando se enrolava o sushi, o faziam com folha de bambu.

Existe uma grande variedade de Makizushis, como por exemplo, o Hossomaki (細巻き) (quando o “rolo” é mais fino), Futomaki (太巻) (quando é mais grosso), Uramaki (裏巻き) (quando ele é enrolado de forma reversa, com o Nori para dentro), Kappamaki (河童巻き) ou Kyuurimaki (胡瓜巻き) (Makizushi com recheio de pepino). Na verdade, Yohei criou uma grande diversidade de Sushis, pois, devido a praticidade de sua técnica, ele conseguia utilizar os ingredientes disponíveis para criar seus Sushis. Por exemplo, ele foi o pioneiro a usar omelete.

Makizushi. Aqui no Brasil, popularmente chamado de
Makizushi. Aqui no Brasil, popularmente chamado de “pneuzinho”. Foto retirada deste site.

Outro tipo de Sushi que é interessante de mencionar, é o Temaki (手巻き). Ele é parecido com o Makizushi, no sentido de enrolar o conteúdo com Nori. Todavia, ao invés de enrolar com a esteirinha, enrola-se com a mão mesmo, agilizando ainda mais o processo. A forma de enrolar o deixa no formato de cone, sendo portanto, mais fácil para o cliente segurar e comer. Esta característica é a responsável pela popularização deste em festas.

Temaki.
Temaki. Foto retirada deste site.

Por volta de 1930, no restaurante Ginza Kyubey (銀座久兵衛), em Tóquio, segundo rumores, foi criado o Gunkanmaki (軍艦巻き), algo como Rolo de Navio de Guerra. Ele consiste em um bolinho de arroz envolto por Nori e coberto por ovas de salmão (Ikura/イクラ),  ouriço-do-mar (Uni/海胆), Shirauo (白魚), entre outros.

Gunkanmaki.
Gunkanmaki. Foto retirada deste site.

Somente em meados de 1960, é que o Sushi se popularizou no Ocidente, em especial nos Estados Unidos, onde nasceu o popular California Roll, criado por Manashita Ichiro, que é um tipo de Makizushi às avessas, com recheios mais variados e adequados ao paladar americano.

California Roll.
California Roll. Foto retirada deste site.

No Japão, ele é chamado também de California-maki (カリフォルニア巻き) ou de Kashuumaki (加州巻き). Junto com ele surgiram vários outros Sushis americanizados, como o Hot Roll, Philly Roll (Filadélfia), Spicy Tuna Roll, Dragon Roll, Rainbow Roll, Spider Roll, Dynamite Roll, Crunch Roll, Boston Roll, Vegas Roll, entre outros. Por vezes, esses Sushis nascidos no Ocidente são chamados de Kawarizushi (変わり寿司).

Obviamente, não citei todos os tipos de Sushis que existem, pois, são muitos. Dentre esses, vale destacar o Tekkamaki (鉄火巻), Oshizushi (押し寿司), Chirashizushi (らし寿司) ou Barazushi (ばら寿司), Edomae Chirashizushi (江戸前ちらし寿司), Gomokuzushi (五目寿司) e o Narezushi (なれ鮨).

(Fontes: Gazeta do Povo | Japamix | Simonde | Sushi Encyclopedism | Wikipédia (En) | Wikipedia (Ja) | Wikipédia (Pt))

Bom… por hoje é só! Escrever esse post me deu vontade de ir à Liberdade comer comida japonesa! 😸

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos! 🐯

Dreamer

[Cultural] Halloween – Dia das Bruxas

* Foto retirada deste site.

Cultural

Olá Sonhadores! 😸 Como estão?

Hoje falarei sobre o Dia das Bruxas, também conhecido como Halloween. (Acho que não preciso explicar o motivo deste assunto, né? 😋).

O Halloween é uma festa mais conhecida e praticada nos Estados Unidos e outros países cujo povo tem raízes anglo-saxônicas. Afinal, a origem dessa festividade é celta, sendo comemorada no dia 31 de outubro, dia que se encerra o verão na Irlanda Céltica.

No entanto, segundo este site, os estudiosos dizem que o nome “Halloween” surgiu da seguinte forma:

“O nome é, na realidade, uma versão encurtada de “All Hallows’ Even”(Noite de Todos os Santos), a véspera do Dia de Todos os Santos (All Hallows’ Day).

“Hallow” é uma palavra do inglês antigo para “pessoa santa” e o dia de todas as “pessoas santas” é apenas um outro nome para Dia de Todos os Santos, o dia em que os católicos homenageiam todos os santos. Com o tempo, as pessoas passaram a se referir à Noite de Todos os Santos, “All Hallows’ Even”, como “Hallowe’en”, e mais tarde simplesmente “Halloween”.”

Todavia, para os celtas, este era o dia em que todos as pessoas que morreram durante o ano, voltariam em espírito a procura de corpos para possuírem. Para este povo, esta seria a única oportunidade de voltar à vida. Seria o dia em que o mundo dos mortos e o dos vivos se misturavam.

Para evitar que seus corpos fossem possuídos, os vivos se fantasiavam e desfilavam pelos bairros de forma destrutiva e ruidosa, com a finalidade de afugentar os espíritos. Também apagavam as luzes das lareiras e fogueiras, para deixar o ambiente escuro, frio e desagradável. Para os celtas, este dia era, também, para cultuar a deusa YuuByeol, conhecida como símbolo (ou deusa) da perfeição.

Com a chegada do Império Romano, essa tradição foi absorvida e mesclada com outras tradições e culturas, não restando quase nada de sua finalidade original.

Outros elementos foram adicionados ao Halloween, com o passar do tempo:

Jack O’ Lantern (Jack da Lanterna):

Jack O' Lantern
Arte de SimonWeaner.

A famosa lanterna de cabeça de abóbora, um dos principais símbolos desta data. A sua origem é do folclore irlandês, provinda de um mito chamado “Jack Miserável”.

Conta-se que Jack, um bêbado incorrigível, bebia excessivamente no dia 31 de outubro, quando o Diabo veio buscá-lo. Então, Jack pede que ele lhe deixasse tomar sua última bebida. O mesmo concede ao pedido. Porém, fazendo jus a seu nome de Miserável, Jack não queria pagar a conta, então convenceu o Diabo a se transformar em uma moeda para poder pagá-la. No entanto, ao invés de pagar a bebida, Jack pega a moeda e guarda em sua carteira, onde havia uma cruz de prata, o que impedia o Diabo de voltar ao normal.

Para libertá-lo, Jack faz uma proposta, dizendo que o libertaria se ele prometesse deixá-lo viver por mais um ano. A proposta é aceita e ele é libertado.

Um ano depois, o Diabo veio novamente buscar o Jack, porém, antes disso, ele o convence a pegar uma maçã de uma árvore. Assim que o Diabo sobe no primeiro galho, afim de pegar a fruta, Jack usa seu canivete para desenhar uma cruz no tronco da árvore, aprisionando-o novamente. Então, o Diabo oferece mais 10 anos de vida, em troca de sua liberdade. Porém, Jack recusa, pedindo para que, ao invés disso, nunca mais ele venha buscá-lo. O Diabo aceita e Jack o liberta.

Porém, para seu azar, Jack falece no ano seguinte. Deus não permite a entrada de Jack no Céu e, o Diabo também não deixa que ele vá para o Inferno, já que tinha rancor deste. Ele apenas lhe dá uma queima de carvão e o envia para a noite escura. Jack pega um nabo e esculpe ele, usando-o como lanterna para enxergar. Desde então, ele vaga pelas noites, recebendo o nome de Jack da Lanterna (Jack O’ Lantern).

Quando a tradição de usar as lanternas no Dia das Bruxas foram aos Estados Unidos, eles perceberam que as abóboras eram muito mais abundantes lá do que os nabos, então passaram a usar abóboras para fazerem as lanternas.

As Bruxas:

As Bruxas
Imagem retirada deste site.

Como vimos lá em cima, as bruxas não possuem nenhuma ligação com o Halloween original. Elas vieram de outras lendas e tradições, na qual diziam que as bruxas se reuniam duas vezes por ano: 3o de abril e 31 de outubro, para utilizarem suas magias e feitiços com a finalidade de causar transtornos.

Diz-se também, que se usar a roupa do avesso e andar de costas durante toda a noite de Halloween, encontrarás infalivelmente com uma bruxa à meia noite.

As lendas vieram com os primeiros colonizadores americanos, misturaram-se com os mitos de bruxas dos índios nativos e com as crenças de magia negra dos escravos africanos.

Gato Preto:

Gato Preto
Foto retirada deste site.

Os pobres gatos pretos são vistos como símbolo de azar e mau agouro. Isso pois, dizem que são bruxas transformadas em animais. Há quem acredite também, que são espíritos de pessoas mortas em forma de bichos.

Trick-or-treat (Travessura ou gostosura):

Trick-or-Treat
Foto retirada deste site.

A famosa tradição, mais praticada nos Estados Unidos, das crianças fantasiadas irem de casa em casa dizendo “travessura ou gostosura”, onde o morador deve escolher entre dar um doce ou sofrer uma travessura (que consiste em pequenas travessuras na casa desta). Ela tem origem europeia, onde no Dia de Todas as Almas (2 de novembro/Finados), os cristão pediam nas casas os “soul cake” (bolo da alma), que eram bolos cortados em quadrado, feitos de pão e groselha. A cada bolo que recebiam, faziam uma oração para algum parente falecido da pessoa que deu o bolo.

Como podemos perceber, é uma festividade multicultural, que agrega lendas e mitos diversos. Infelizmente, no Brasil ainda não possui muita repercussão (mas parece estar sendo assimilada aos poucos), todavia acho bastante interessante conhecê-la.

É interessante também, que as fantasias não se restringem à bruxas, diabinhos e abóboras. Elas englobam outras figuras de contos, filmes e histórias sinistras como vampiros, fantasmas, múmias, zumbis, caveiras, Freddy Krueger, Frankenstein, Jason, etc. Além de outras que não tem nada a ver como anjos, enfermeiras, duendes, princesas, etc. Tornando-se algo como uma verdadeira festa à fantasia! No Japão, é comum também os cosplays.

Vejam mais algumas fotos aleatórias retiradas do Google:

Bom, por hoje é só! Espero que tenham gostado! 😸

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos! 🐯


REFERÊNCIAS:

~> Além da Imaginação
~> Wikipédia – Dia das bruxas
~> Wikipédia – Jack-o’-lantern

Dreamer

[SNI] A importância de reconhecer e elogiar

* Imagem retirada deste blog.

SEICHO-NO-IE

Olá Sonhadores! 😸 Como estão?

Neste post quero transcrever mais um trecho de um livro da SEICHO-NO-IE.

Com reconhecimento e elogio, manifesta-se a capacidade de filho de Deus.

“Aparentemente, todos têm qualidades e defeitos, mas o Eu verdadeiro possui somente qualidades. Defeitos são ‘pontos escuros’ onde as qualidades estão ocultas. Reconheçamos as qualidades dos outros e expressemos admiração por meio de palavras e atitudes. Assim, o brilho dessas qualidades eliminará os defeitos, e surgirão as qualidades ocultas.” (Mugen no Kanousei ga Aru/Ilimitadas são as possibilidades – Seicho Taniguchi)

Elogiar alguém com sinceridade é algo que sempre devemos fazer, independente para quem seja destinado este. Quando elogiamos alguém, exaltamos determinadas qualidades que, muitas vezes, a própria pessoa não sabe que tem. Além disso, pelo poder da palavra, a qualidade elogiada poderá se desenvolver ainda mais. Além de deixar a pessoa mais feliz, ajudando-a manter a mente alegre, e atraindo boas energias.

Da mesma forma, evitar de reparar em defeitos é o melhor a fazer. Isso pois ocorre o mesmo esquema de quando se elogia, porém, de forma negativa. Assim, exaltamos os defeitos da pessoa em questão, contribuindo para que estes fiquem mais evidentes, além de deixarmos ela triste, fazendo-a gerar muita energia negativa, prejudicando-a em vários sentidos.

Devo abrir um parênteses para o caso da crítica construtiva, que pode ser positiva.  Todavia, ela deve ser feita com sabedoria e cuidado, com o intuito de motivar a pessoa à melhorar, ao invés de desanimá-la.

Alguns podem pensar: Mas o que eu ganho exaltando a qualidade de outras pessoas?

Bem, ao meu ver, isso se chama fazer boa ação. Algo que todos deveriam colocar em prática no dia a dia. Mas se quiserem mais motivos, então lembrem-se das palavras de Cristo: “Dai e ser-vos-á dado”. Ao elogiar alguém estará fazendo o bem ao próximo, então, pela lei descrita por Cristo, o bem dado será mandado de volta a você, e multiplicado, diga-se de passagem. Sem contar que, quando fazemos um bem para alguém, nasce aquela sensação gostosa e terna dentro de nós. Quanto maior é o Amor que emanamos, maior é a grandeza de nossa alma.

No entanto, elogiar com segundas intenções, visando apenas receber o “retorno”, só irá causar frustração para si mesmo e chatear a pessoa elogiada. Pois, pela mesma Lei da Atração, uma bondade falsa, atrairá falsidade para sua vida. Portanto, o elogio deve ser sincero.

Pode haver, também, quem diga: “Ah! Mas Fulano não possui nenhuma qualidade para ser elogiada!“.

Para mim, isso não pode ser verdade. Todo mundo possui qualidades, é só saber enxergar. Às vezes é uma qualidade extremamente simples, que poucos valorizam, mas ainda assim é uma qualidade magnífica. Um exemplo, poderia ser um belo sorriso, ou um olhar sincero, ou quem sabe a honestidade, a inocência, ou talvez ela seja habilidosa em alguma tarefa específica… Aliás, saber enxergar sempre os pontos positivos em todas as pessoas, coisas e acontecimentos, é uma virtude maravilhosa que poucos possuem, mas que pode ser treinada.

Com esta postagem, gostaria de fazer com que as pessoas pensassem um pouco sobre esta questão. Infelizmente, tendemos a reparar sempre no que não é bom, nos defeitos, nas falhas, nas faltas e no que nos incomoda. E nem notamos ou damos muita atenção às qualidades e acertos. Precisamos aprender a enxergar as coisas por uma perspectiva mais positiva e otimista.

Uma mesma coisa pode ser boa ou ruim, dependendo do ângulo de que esta é observada.

Bom, vou parando por aqui.

E nunca se esqueçam! O maior de todos os tesouros são os seus sonhos! 🐯

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